quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

o mirandês no new york times

In Portugal, Mirandese Spoken Here — and Only Here

depois desta publicação, vai vir charters de americanos para o planalto mirandês.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

montaria do pessoal de palaçoulo na rtp

este ano a mui famosa montaria da casa do pessoal da rtp vai acontecer em palaçoulo, no dia 11 de fevereiro. (mais informações aqui)


este evento faz parte de um intercâmbio estabelecido entre a aldeia de palaçoulo e a televisão pública, que ira prosseguir em março com a I montaria do pessoal de palaçoulo, a realizar nas instalações da rtp.
catarina furtado, sílvia alberto, sónia araújo e outras espécies selvagens da estação serão soltas pelo edifício da rtp prontas para serem caçadas pelos valentes caçadores caramonicos. quem caçar o malato tem um prémio: fazê-lo feliz. que conste, para todos os efeitos, que eu não sou caçador.

[nota: consegui resistir ao trocadilho entre montaria e montar as espécies.]
[nota(2): afinal não consegui.]

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

burela

[nota prévia: embora a personagem merecesse por si só um ensaio filosófico, este pequeno texto refere-se apenas ao café, com o nome do dono]

-logo à noite em burela?
-claro.
nem era preciso perguntar, mas era só para confirmar.
depois de jantar, lá ia chegando toda a gente. e não era um chegar de ir tomar café, era chegar para ficar. estacionar. até onde a noite levar. onde a cerveja e a conversa, sobretudo a conversa, levar. e às vezes levava muito longe, muito tarde. por isso não era fácil explicar sem que soasse a mentira, ao chegar a casa às seis da manhã, que se tinha estado simplesmente no café, à conversa. também não devia ser fácil perceber, para alguém que tinha tomado café à noite, ao chegar para tomar o café da manhã, que o mesmo grupo de pessoas ainda estivesse sentado à volta da mesma mesa de há oito horas atrás. mas muitas noites eram assim, sobretudo ao fim de semana, e (claro) nas férias (nas longas noites de inverno, havia indivíduos que chegavam a estar doze horas lá...). após acesas negociações com o proprietário, conseguiu-se que fosse feito um profundo investimento, que traria melhores condições para o pessoal aguentar mais tempo: uma máquina de fazer tostas veio alterar a dieta alimentar de muita gente, que já estava habituada a comer moelas, orelha ou codornizes às duas da manhã. dada a estabilidade do pessoal, o horário de fecho passou das 2h para as 4h da manhã (desconfio muito que houvesse uma aldeia que tivesse um café aberto até às 4), e não era por isso que fechava muitos dias antes da hora.
muitas discussões aconteceram
poucas conclusões se alcançaram
muito combustível ficou por se gastar
muitas festas acabaram mais cedo
muitos engates ficaram por fazer
por se ficar ali a conversar
com amigos e prazer...