a tradução é de amadeu ferreira, que tem feito um notável trabalho de tradução de poetas portugueses (e estrangeiros) para mirandês, no seu blog cumo quien bai de camino
o seguinte poema (da mensagem, de pessoa) foi retirado de lá.
Oulices L mito ye l nada que ye todo. L mesmo sol que abre ls cielos Ye un mito relhuziente i mudo – L cuorpo muorto de Dius, Bibo i znudo. Este, que eiqui agarrou puorto, Fui por nun star eisistindo. Sien eisistir mos bundou. Por nun haber benido fui benido I mos criou. Assi la lhienda se scuorre A antrar na rialidade, I a ampenhá-la passa. Ambaixo, la bida, metade De nada, se muorre. | Ulisses O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo – O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo. Este, que aqui aportou, Foi por não ser existindo. Sem existir nos bastou. Por não ter vindo foi vindo E nos criou. Assim a lenda se escorre A entrar na realidade, E a fecundá-la decorre. Em baixo, a vida, metade De nada, morre. |
Sem comentários:
Enviar um comentário